Questões sistema colonial

1- A colonização portuguesa no Brasil é caracterizada por uma ampla empresa mercantil. É o próprio Estado metropolitano que, em conjugação com as novas forças sociais produtoras, ou seja, a burguesia comercial assume a tarefa da colonização das terras brasileiras. A partir daí dois elementos, Estado e burguesia, passam a ser os agenciadores coloniais e, assim, a política definida com relação à colonização é efetivada através de alguns elementos básicos que se seguem. Dentre eles apenas um NÃO corresponde ao exposto no texto. ASSINALE-O.

A) A preocupação básica será a de regular a área do império colonial face às demais potências européias.
B) O caráter político da administração se fará a partir da metrópole, e a preocupação fiscal dominará todo o mecanismo administrativo.
C) A função das colônias será pertinente no sentido de acelerar a acumulação do capital comercial pela burguesia mercantil européia.
D) A produção interna da colônia estimula o seu desenvolvimento e atende às necessidades de seu mercado interno.

E) A exploração colonial se fará como forma de promover o enriquecimento e o desenvolvimento da metrópole.

2- Observe a figura.



(Fonte: NOVAES, Carlos Eduardo & LOBO, César. História do Brasil para principiantes. São Paulo, Ática, 1998. P. 56.) 

                              
O sistema de Capitanias Hereditárias foi criado em 1534 pelo rei de Portugal para promover a colonização do Brasil. Com relação ao sistema de capitanias é INCORRETO afirmar

A) as capitanias eram lotes de terras que iam do litoral até Tordesilhas, linha imaginária criada pelas coroas portuguesa e espanhola.
B) o sistema de capitanias era um modelo de colonização que já tinha sido adotado por Portugal na Ilha da Madeira.
C) o Brasil foi dividido em quinze lotes de terras que foram doados às pessoas importantes da nobreza portuguesa.
D) as capitanias brasileiras que mais prosperaram foram aquelas que receberam investimentos ou recurso do tesouro português.
E) o sistema de capitanias foi uma experiência positiva para a colonização do Brasil, pois elas contribuíram para o desenvolvimento do comércio e para a segurança da colônia

3- Também ali trazia todas as castas de aves e animais que pode achar {...} e, finalmente, não havia coisa curiosa no Brasil que ali não tivesse {...} Estava neste tempo Pernambuco mui florente de fazendas, que vinham da Holanda, e tanto era o dinheiro de prata e ouro, que até os negros e negras traziam dobrões nas mãos { .... }

Este trecho faz referências
A) a chegada dos primeiros portugueses na costa brasileira.
B) ao desenvolvimento do comércio colonial ocorrido após a criação do governo geral.
C) ao revigoramento da economia nordestina a partir do desenvolvimento da atividade mineradora.
D) a invasão holandesa no Nordeste brasileira e o governo de Nassau.
E) a chegada da primeira expedição de colonização ocorrida em 1531. 

4-

Com relação aos dados do gráfico é CORRETO afirmar.
A) Durante todo o período colonial o açúcar predominou na pauta das exportações.
B) No início do século XVII o ouro superou o açúcar na produção e nas exportações.
C) No século XV ocorreu uma diversificação da economia colonial com a exportação de outros produtos
D) A descoberta do ouro no final do século XVI impulsionou a economia e  enriqueceu a metrópole.
E) O pau-brasil, o tabaco e o couro, foram os produtos mais exportados durante o período colonial.

5- Considere atentamente a situação descrita no texto abaixo e procure verificar como ela é confirmada pelos dados da tabela apresentada na seqüência.

O DIA-A-DIA DA HISTÓRIA
A inflação no século XVIII
– O custo de vida na área mineradora era extremamente elevado. A alta dos preços era uma constante nessa região.
– Quer dizer que, já no século XVIII, havia inflação no Brasil?
– É isso mesmo! Vamos analisar por quê. Praticamente, todos os produtos consumidos aí vinham de outras partes da colônia, e até mesmo, da Europa, o que implicava cobrança de altos fretes.
– A dificuldade de abastecimento dessa região (vias de comunicação precárias) determinava uma reduzida oferta de mercadorias num mercado de altíssima demanda.
– As mercadorias destinadas à região mineradora eram rigorosamente taxadas. Todos os artigos eram divididos em duas categorias básicas: os molhados (gêneros alimentícios) e os secos (ferramentas, móveis, roupas, etc.) e eram submetidos ao imposto devido nos registros. Além disso, a população mineira também era vítima da ação dos atravessadores.
– Qualquer semelhança com o Brasil do final do século XX não é mera coincidência.

Veja com atenção a tabela a seguir. Nela você poderá visualizar essa situação.

   Fonte: TAUNAY, Afonso. História geral das bandeiras paulistas. Citado por Antônio Mendes Júnior et alii, Brasil História - texto e consulta. São Paulo: Brasiliense, 1979, N.1, p.246.
A partir da análise realizada, é CORRETO afirmar
A) Os altos índices de inflação na região mineradora foram provocados pela baixa oferta de produtos e também pelo fato de a região não ter se dedicado fortemente à produção de alimentos.
B) A elevação dos índices de inflação foi motivada pela desvalorização da moeda (Réis) frente à valorização da libra inglesa, devido à abundância de ouro e prata na colônia.
C) O custo de vida na região mineradora era alto devido à falta de fiscalização do governo, ao contrabando de produtos e à insegurança do comércio frente aos assaltos.
D) O desenvolvimento da pecuária na região mineradora tornou os produtos derivados do leite e da carne mais baratos em Minas Gerais que em São Paulo.

6- Leia atentamente os textos abaixo.

“A causa da enfermidade do Brasil, bem examinada, é mesma que a do pecado original. Pôs Deus no Paraíso Terreal a nosso pai Adão, mandando-lhe que guardasse e trabalhasse. [...] E ele, parecendo-lhe melhor o guardar que o trabalhar, lançou mão à árvore vedada, tomou o pomo que não era seu e perdeu a justiça que vivia para si e para o gênero humano. Esta foi a origem do pecado original e esta é a causa original das doenças do Brasil: tomar o alheio, cobiças, interesses, ganhos e conveniências particulares por onde a justiça se não guarda e o Estado se perde. Perde-se o Brasil, senhor (digamo-lo em uma palavra), porque alguns ministros de Sua Majestade não vêm cá buscar nosso bem, vêm cá buscar nossos bens, EI-Rei manda-os tomar Pernambuco e eles contentam-se com o tomar: Se um só homem que tomou perdeu o mundo, tantos homens a tomar, como não hão de perder um Estado? Este tomar o alheio, ou seja, o do rei ou o dos povos, é a origem da doença; e as várias artes e modos e instrumentos de tomar são os sintomas que, sendo de natureza mui perigosa, a fazem por momentos mais morta”.
Padre Antônio Vieira. Sermões.

“Quem nunca ouviu falar de mensalão? Nas altas rodas de jantares, nas rodas de bares e no fundo do plenário. Venho ao plenário desta comissão dizer que não são todos os deputados que recebem o mensalão não. Tem muita gente boa por aí. Agora, eu não posso ser cúmplice de vocês nessa história que envergonha uma grande parte da Câmara dos Deputados“.

Deputado Roberto Jefferson. Revista Veja, 22 de junho de 2005.

Os textos referem-se à corrupção no Brasil em dois momentos históricos diferentes. Com base nas informações que eles apresentam, é CORRETO considerar que

A) A corrupção entre as elites políticas e econômicas do Brasil só não é maior devido ao caráter e honestidade do povo, que refreia e abomina todo o tipo de desonestidade.
B) As altas taxas de mortalidade no Brasil estão associadas à situação de corrupção devido ao desvio, pelos políticos, das verbas destinadas à saúde.
C) A origem da corrupção no Brasil remonta ao período da colonização; sua prática perpassou variadas camadas e classes sociais e chegou até a atualidade.
D) As reivindicações salariais feitas por deputados e senadores em Brasília fizeram com que o governo criasse o mensalão, como uma ajuda de custo para estes parlamentares.


7- A escravidão estimulou pensamentos racistas. Os negros foram escravizados porque eram considerados seres humanos inferiores aos europeus.
Leia as afirmativas relativas à escravidão.
I   -  Os africanos foram escravizados por serem mais dóceis e aceitarem com serenidade a escravidão.
II  -  A justificativa dada para buscar negros na África e que os nativos brasileiros eram preguiçosos e não eram dados ao trabalho.
III -  A busca de negros na África para serem escravizados só se justifica pelos altos lucros obtidos com o tráfico.
IV – A Igreja foi a única do período colonial que condenava a escravidão negra.

São CORRETAS as afirmativas
A) Apenas a I e II
B) Apenas a I e III
C) Apenas a II e III
D) Apenas a I, III e IV
E) Apenas a I e IV

8- Observe o gráfico sobre o comércio de Portugal com a Inglaterra, durante o século XVIII.
Fonte: PINTO, Virgílio Noya. O ouro brasileiro e o comércio anglo-português. São Paulo: Nacional, 1079, p.294.

A realidade econômica apresentada pelo gráfico reflete

A) a dependência de Portugal com a Inglaterra devido à assinatura do Tratado de Methuen.
B) a crise das exportações portuguesas devido à invasão de Portugal por Napoleão.
C) o crescimento da indústria inglesa após a Revolução Industrial.
D) a crise na produção açucareira colonial em função da concorrência inglesa.


9 - A dinâmica colonial foi criando interesses especificamente locais que passaram a se chocar com as políticas adotadas por Portugal no Brasil. Em virtude desses choques constantes, a colônia foi palco de um número significativo de movimentos de rebeldia, por meio dos quais a população exteriorizava o seu descontentamento com as políticas metropolitanas.

Relacione esses movimentos às suas características. Em seguida assinale a alternativa que represente a
seqüência CORRETA.

1- Revolta de Beckman                       (     ) Ocorreu em Pernambuco, em 1710, quando Portugal elevou Recife à       
                                                                     categoria de vila, que passou a ter sua própria Câmara Municipal,  
                                                                     independente de Olinda.
2 -Guerra dos Mascates                      (    )   Em 1684, no Maranhão, os colonos se revoltaram contra os jesuítas
                                                                     que proibiam a escravização do índio.
3 -Guerra dos Emboabas                    (    )  Os mineradores protestavam contra a quantidade de impostos                                                    
                                                                     cobrados pelas autoridades portuguesas e a instalação das casas de    
                                                                     fundição na região.
4- Revolta de Filipe dos Santos          (    )   Os habitantes da região mineradora estavam insatisfeitos com os   
                                                                     paulistas que pretendiam ter o monopólio da extração do ouro.


A alternativa CORRETA é

A)  1,  2,  4, 3
B)  2 , 1,  4, 3
C)  4,  3,  1, 2
D)  3,  4 , 2, 1
E)  4, 3,   2 , 1


10- Como o próprio Caminha concluiu, o Brasil não apresentava, aparentemente, nenhum atrativo aos portugueses, principalmente metais preciosos, e não podia oferecer lucros imediatos ao Estado português. Dessa maneira, percebe-se, de imediato, uma certa decepção ou descaso dos portugueses em relação à nova terra descoberta. Lembre-se de que, àquela altura, o comércio oriental era extremamente lucrativo! Por isso, eles trataram apenas de criar feitorias em vários pontos do litoral, para garantir seu domínio sobre a terra, e de enviar expedições de reconhecimento ao nosso litoral.
No período pré-colonial desenvolveu-se no Brasil uma atividade econômica baseada no extrativismo. Com relação à esta atividade é CORRETO afirmar:

A) A exploração do pau-brasil dava grandes lucros provocando a cobiça dos holandeses que acabaram por invadir o Brasil para explorar tal produto.
B) A exploração das drogas do sertão pelos nativos das missões, contribuiu para o povoamento da região evitando assim invasão e a ação dos contrabandistas estrangeiros.
C) A exploração do pau-brasil tinha como objetivo promover a colonização do interior expandindo assim as fronteiras da colônia. 
D) A exploração das drogas do sertão e do pau-brasil deram grande lucros para Portugal num momento em a atividade açucareira passava por uma forte crise.
E) A  utilização da mão-de-obra escrava na exploração das drogas do sertão e do pau-brasil, foi um dos fatores que contribuiu para a expansão desta atividade econômica.

11- Observe a charge a seguir.

(Fonte: NOVAES, Carlos Eduardo & LOBO, César. História do Brasil para principiantes. São Paulo, Ática, 1998. P. 73.) 

Analisando a charge pode-se concluir que
A) A imposição da religião católica tinha por objetivo tornar os negros menos resistentes à escravidão.
B) A religião servia para abrandar os sofrimentos dos negros frente aos horrores da escravidão.
C) Ao se tornarem cristãos os negros passavam a receber um tratamento melhor de seus senhores.
D) A ideologia católica imposta aos escravos negros tinha como objetivo prepará-los para a liberdade.
E) A condição para a vinda dos negros africanos para a América foi a garantia da manutenção de sua cultura.


12- A pecuária foi importante atividade na América Portuguesa, muito embora tenha sido subsidiária tanto na economia açucareira quanto na economia mineradora. No começo, os bois eram criados dentro dos engenhos. Aos poucos foram se instalando no interior da colônia.
Com relação à pecuária é correto afirmar, EXCETO

A) a pecuária foi introduzida no Brasil durante o governo geral em razão da utilização da tração animal nos trabalhos dos engenhos.
B) a pecuária extensiva contribuiu para a colonização do interior do Brasil e consequentemente para a formação de diversas vilas.
C) a pecuária tornou-se uma atividade econômica bastante rentável devido ao seu baixo custo operacional e grande valor do couro.
D) a criação do gado de forma extensiva contribuiu para o surgimento dos vaqueiros que eram trabalhadores livres e assalariados.
E) a criação de gado no interior do país foi proibida através da Carta Régia de 1701, por esta área estar reservada para o cultivo da cana-de-açúcar.

13- A vida na América Portuguesa era controlada pela Igreja, que tentava impor aos vasssalos do Reino os padrões cristãos de comportamento.  Esses padrões haviam sido definidos no Concílio de Trento, que se preocupou, prioritariamente, com os pecados da carne.
NÃO podemos afirmar sobre a ação da Igreja durante o período colonial que

A) a Igreja se preocupou demasiadamente com a sexualidade do povo esquecendo as injustiças cometidas pelos poderosos.
B) o Santo Ofício era o órgão da Igreja responsável pelo estabelecimento dos padrões de comportamentos do povo.
C) a Inquisição foi um dos meios utilizados pelos reis com o aval da Igreja para perseguir prender e matar os opositores políticos.
D) a Inquisição foi uma instituição importante, pois regulamentou a existência de outras religiões na colônia estabelecendo assim a liberdade religiosa.
E) a Igreja, através da Inquisição estabeleceu um grande controle no modo de vida da população do reino e da colônia, ditando regras e normas de conduta.


14- A sociedade do Brasil colonial foi muito complexa, e os modos de viver, de morar, de festejar e de expressar a religiosidade foram muito diversos. Se na sociedade nordestina açucareira, a estrutura familiar e as normas foram mais rígidas, o mesmo não aconteceu nas áreas da economia pastoril e nas áreas mineradoras.

Sobre a sociedade no período colonial é CORRETO afirmar que

a) no engenho se desenvolveu uma sociedade rural e democrática onde as mulheres eram respeitadas e sua autoridade não era questionada por ninguém.
b) com o crescimento da mineração surgiu uma sociedade com característica urbana onde desenvolveu uma classe média formada, sobretudo, pelos profissionais liberais e comerciantes.
c) o senhor era a autoridade maior dentro do engenho e sua função era fazer com todos trabalhassem e tivessem  seus direitos respeitados.
d) na região mineradora a presença das autoridades civis e militares inibia qualquer tipo de violência tornando a sociedade pacífica e ordeira.
e) na mineração desenvolveu uma sociedade patriarcal, sendo o homem o chefe da família e dele esperava-se dar-se o respeito e fazer valer sua autoridade.

15-  “No Domingo, ou dias de festas, tão numerosos que absorvem mais de cem dias no ano, os escravos são dispensados de trabalhar para seus senhores e podem descansar ou trabalhar para si próprios. Em cada fazenda existe um pedaço de terra que lhes é entregue, cuja extensão varia de acordo com o número de escravos, cada um dos quais cultiva como quer ou pode. Dessa maneira, não somente o escravo consegue, com o produto do seu trabalho, uma alimentação sadia e suficiente, mas ainda, muitas vezes, chega a vendê-lo vantajosamente”.
(Fonte:Johann-Moritz Rugendas. Viagem pitoresca através do Brasil. São Paulo: Martins-EDUSP, 1972. P. 140)
O trecho do documento é da época do Brasil Colônia e se refere
A) ao trabalho escravo nas fazendas de café do Oeste Paulista.
B) às condições de trabalho do escravo nos engenhos. 
C) ao cotidiano do escravo no sertão nordestino e campos do sul.
D) à vida dos escravos nas fazendas e áreas de mineração do sudeste.
E) à situação do trabalho escravo nas fazendas de gado.

16- A Guerra dos Emboabas, a dos Mascates e a Revolta de Vila Rica, verificadas nas primeiras décadas do século XVIII, podem ser caracterizadas como
A) movimentos isolados em defesa de idéias liberais, nas diversas capitanias, com a intenção de se criarem governos republicanos.
B) movimentos de defesa das terras brasileiras, que resultaram num sentimento nacionalista, visando à independência política.
C) manifestações de rebeldia localizadas, que contestavam aspectos da política econômica de dominação do governo português.
D) manifestações das camadas populares das regiões envolvidas, contra as elites locais, negando a autoridade do governo metropolitano.
E) movimentos coloniais influenciados pelas idéias iluministas e a Revolução Francesa que defendiam o fim do exclusivo colonial e a emancipação da colônia.


17- Leia com atenção o poema Romanceiro da Inconfidência de Cecília Meireles.
(...) Lá vão pelo tempo adentro
esses homens desgrenhados:
duro vestido de couro
enfrenta espinhos e galhos;
em sua cara curtida
não pousa vespa ou moscardo;
comem larvas, passarinhos,
palmitos e papagaios;
sua fome verdadeira
é de rios muitos largos,
com franjas de prata e de ouro,
de esmeraldas e topázios. (...)
(Cecília Meireles, Romanceiro da Inconfidência. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1983.)

O poema descreve um fenômeno que pode ser associado, no Brasil, aos
 
A) vaqueiros e à pecuária.
B) bandeirantes e à mineração.
C) tropeiros e ao ciclo da borracha.
D) portugueses e à cana-de-açúcar.
E) sesmeiros e ao extrativismo vegetal. 

18- (PUC- CAMP)                     
Erro de português

Quando o português chegou
Debaixo duma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português
(Oswald de Andrade. "Poesias reunidas". 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972)

Sobre o contexto histórico em que se insere o fenômeno que os versos identificam é correto afirmar que

a) a descoberta de metais preciosos favoreceu o estabelecimento das primeiras relações econômicas entre portugueses e indígenas.
b) a agressividade demonstrada pelos nativos despertou o interesse metropolitano pela ocupação efetiva das novas terras.
c) a conquista da América pelos portugueses contribuiu para o crescimento demográfico da população indígena no Brasil.
d) no chamado período pré-colonial, o plantio e a exploração do pau-brasil incentivaram o tráfico africano.
e) apesar de ter tomado posse da terra em nome do rei de Portugal, o interesse da monarquia estava voltado para o Oriente.

19- (PUC- CAMP)  
Recife

Não a Veneza americana
Não a Mauritsstad dos amadores das Índias Ocidentais
Não a Recife dos Mascates
Nem mesmo a Recife que aprendi a amar depois -
Recife das revoluções libertárias
Mas o Recife sem história nem literatura
Recife sem mais nada
Recife da minha infância
(Manuel Bandeira, "Evocação do Recife, Libertinagem")

A Companhia das Índias Ocidentais a que o poema se refere faz parte de um momento da História brasileira e foi

a) marcada por um conjunto de medidas que impulsionou a expansão da colonização portuguesa na América e a descoberta das áreas mineradoras no planalto central.
b) formada com capitais públicos e privados lusos; sua finalidade era apoiar a luta pela expulsão dos holandeses do Nordeste e recuperar o comércio da colônia com a metrópole.
c) organizada com a clara intenção de promover a centralização política, administrativa e jurídica da colônia nas mãos dos representantes enviados pelo governo holandês.
d) criada pelo governo e por grupos mercantis e financeiros das Províncias Unidas com o objetivo de dominar a produção e o comércio de açúcar, assim como o tráfico de escravos.
e) responsável pela elaboração de leis, normas e regras sobre toda administração pública e sobre a justiça que deveriam ser seguidas no reino e nas colônias portuguesas.

20 - (PUC-CAMP) No princípio de 1878, apareceu-lhe o editor.
- Lá se vão dois anos, disse este, que nos dá o ar de sua graça. Toda a gente pergunta se o senhor perdeu o talento. O que tem feito?
- Nada.
- (...) Venho propor-lhe um contrato: vinte polcas durante doze meses; o preço antigo e uma porcentagem maior nas vendas. (...)
Pestana assentiu com um gesto.
- Mas a primeira polca há de ser já, explicou o editor. É urgente. Viu a carta do Imperador ao Caxias? Os liberais foram chamados ao poder: vão fazer a reforma eleitoral. A polca há de chamar-se: Bravos à Eleição Direta! Não é política; é um bom título de ocasião.
                (Machado de Assis. Um homem célebre, "Várias histórias")

A indicação do título para a polca, encomendada pelo editor, é motivada por um fato da política nacional. Ao longo do conto, essa relação é ironicamente explorada pelo narrador, e sugere que

a) o sucesso popular das polcas estava intimamente ligado ao gosto pessoal do Imperador e de seus ministros.
b) o ritmo saracoteante das polcas assemelha-se ao dos caprichosos movimentos da política nacional.
c) a gravidade da situação política do país só poderia encontrar expressão numa arte essencialmente nacionalista.
d) a polca é o meio de que Pestana se vale para expressar sua insatisfação com a política cultural.
e) Pestana, desde sua primeira polca, tinha consciência de que sua arte alimentava um projeto das elites.

21- (PUC-SP) América Hispânica e América Portuguesa, futuro Brasil, viveram processos históricos parecidos, mas não idênticos, do final do século XV até a primeira metade do XIX.

A(s) questão(ões) a seguir discutem essas semelhanças e diferenças.

Quanto à conquista da América por espanhóis e portugueses, na passagem do século XV ao XVI, pode-se dizer que

a) no caso português o objetivo principal era buscar minérios e produtos agrícolas para abastecer o mercado europeu e no caso espanhol pretendia-se apenas povoar os novos territórios e ampliar os limites do mundo conhecido.
b) nos dois casos ocorreram encontros com vastas comunidades indígenas nativas, porém na América Portuguesa a relação foi racional, harmoniosa e humana, resultando num povo pacífico, e na América Hispânica foi violenta e conflituosa.
c) no caso português foi casual, pois os navegadores buscavam novas rotas de navegação para as Índias e desconheciam a América e no caso espanhol foi intencional, porque o conhecimento de instrumentos de navegação lhes permitiu prever a descoberta.
d) nos dois casos foi violenta, porém na América Portuguesa o extrativismo dos dois primeiros
séculos de colonização restringiu os contatos com os nativos e na América Hispânica a implantação precoce da agricultura provocou maior aproximação.
e) no caso português foi precedida por conquistas no norte e no litoral da África, que resultaram em colônias portuguesas nesse continente, e no caso espanhol iniciou a constituição de seu império ultramarino.

22- (PUC-CAMP) O nosso foi um Século das Luzes dominantemente beato, escolástico, inquisitorial; mas elas se manifestaram nas concepções e no esforço reformador de certos intelectuais e administradores, enquadrados pelo despotismo relativamente esclarecido de Pombal. Seja qual for o juízo sobre este, a sua ação foi decisiva e benéfica para o Brasil, favorecendo atitudes mentais evoluídas, que incrementariam o desejo de saber, a adoção de novos pontos de vista na literatura e na ciência, certa reação contra a tirania intelectual do clero e, finalmente, o nativismo.
                (Antonio Candido. "Formação da Literatura Brasileira". São Paulo: Martins, v. 1, 1959)

O declínio da economia mineradora brasileira, no final do século a que o texto se refere, coincidiu com profundas mudanças ocorridas na sociedade europeia e nas relações entre metrópoles e suas colônias. No plano político,
a) caracterizou-se isso pela tentativa de restauração do Antigo Regime pela Santa Aliança.
b) aprofundou-se a crise econômica dos reinos ibéricos com a Guerra da Restauração.
c) intensificou-se a crise do regime absolutista, culminando com a Revolução Francesa.
d) incentivou-se a luta pela participação popular, culminando com a Revolução Gloriosa.
e) estimularam-se os ideais nacionalistas radicais, provocando a Independência da América.

23-(PUC-CAMP) Não, é nossa terra, a terra do índio. Isso que a gente quer mostrar pro Brasil: gostamos muito do Brasil, amamos o Brasil, valorizamos as coisas do Brasil porque o adubo do Brasil são os corpos dos nossos antepassados e todo o patrimônio ecológico que existe por aqui foi protegido pelos povos indígenas. Quando Cabral chegou, a gente o recebeu com sinceridade, com a verdade, e o pessoal achou que a gente era inocente demais e aí fomos traídos: aquilo que era nosso, que a gente queria repartir, passou a ser objeto de ambição. Do ponto de vista do colonizador, era tomar para dominar a terra, dominar nossa cultura, anulando a gente como civilização.
(Revista "Caros Amigos". ano 4. no. 37. Abril/2000. p. 36).

Considere as afirmações adiante sobre o papel da Igreja no processo de colonização.

I. Várias ordens religiosas atuaram na catequização dos índios brasileiros: franciscanos, carmelitas, beneditinos e, principalmente, jesuítas.
II. As ordens religiosas acumularam, gradativamente, um considerável patrimônio econômico, para o qual a mão-de-obra indígena foi fundamental.
III. A expansão do catolicismo não contou com o apoio da Coroa Portuguesa, que mantinha com a Igreja o regime de padroado.
IV. A Inquisição não chegou a atuar no Brasil Colônia, uma vez que o grande sincretismo existente impedia o estabelecimento de dogmas.

São corretas SOMENTE

a) I e II
b) II e III
c) III e IV
d) I, II e IV
e) I, III e IV

24-(Faap) A colonização portuguesa no Brasil é caracterizada por uma ampla empresa mercantil. É o próprio Estado metropolitano que, em conjugação com as novas forças sociais produtoras, ou seja, a burguesia comercial, assume o caráter da colonização das terras brasileiras. A partir daí os dois elementos - Estado e burguesia - passam a ser os agenciadores coloniais e, assim, a política definida com relação à colonização é efetivada através de alguns elementos básicos que se seguem: dentre eles apenas um não corresponde ao exposto no texto; assinale-o.
a) a preocupação básica será a de resguardar a área do Império Colonial face às demais potências européias.
b) o caráter político da administração se fará a partir da Metrópole e a preocupação fiscal dominará todo o mecanismo administrativo.
c) o vértice definidor, reside no monopólio comercial.
d) a função histórica das Colônias será proeminente no sentido de acelerar a acumulação do capital comercial pela burguesia mercantil européia.
e) a produção gerada dentro das Colônias estimula o seu desenvolvimento e atende às necessidades de seu mercado interno.

25- (FATEC) "Cada ano, vêm nas frotas quantidade de portugueses e de estrangeiros, para passarem às minas. Das cidades, vilas, recôncavos e sertões do Brasil, vão brancos, pardos e pretos, e muitos índios, de que os paulistas se servem. A mistura é de toda a condição de pessoas: homens e mulheres, moços e velhos, pobres e ricos, nobres e plebeus, seculares e clérigos, e religiosos de diversos institutos, muitos dos quais não têm no Brasil convento nem casa."
                (André João Antonil, "Cultura e opulência no Brasil por suas drogas e minas".)

Nesse retrato descrito pelo jesuíta Antonil, no início do século XVIII, o Brasil colônia vivia o momento
a) do avanço do café na região do Vale do Ribeira e em Minas Gerais. Portugal, no início do século XVIII, percebeu a importância do café como a grande riqueza da colônia, passou então a enviar mais escravos para essa região e a controlá-la com maior rigor.
b) da decadência do cultivo da cana-de-açúcar no nordeste. Em substituição a esse ciclo, a metrópole passou a investir no algodão; para tanto, estimulou a migração de colonos para a região do Amazonas e do Pará. Os bandeirantes tiveram importante papel nesse período por escravizar indígenas, a mão-de-obra usada nesse cultivo.
c) da descoberta de ouro e pedras preciosas no interior da Colônia. A Metrópole, desde o início do século XVIII, buscou regularizar a distribuição das áreas a serem exploradas; como forma de impedir o contrabando e recolher os impostos, criou um aparelho administrativo e fiscal, deslocando soldados para a região das minas.
d) da chegada dos bandeirantes à região das minas gerais. Os bandeirantes descobriram o tão desejado ouro, e a Metrópole se viu obrigada a impedir a corrida do ouro; para tanto, criou leis impedindo o trânsito indiscriminado de pessoas na região, deixando os bandeirantes como os guardiões das minas.
e) do esgotamento do ouro na região das minas. Sua difícil extração levou pessoas de diferentes condições sociais para as minas, em busca de trabalho, e seu esgotamento dividiu a região em dois grupos - de um lado, os paulistas, e, de outro, os forasteiros, culminando no conflito chamado de Guerra dos Emboabas.

26- (FATEC) O governo de Tomé de Souza foi marcado
a) por uma intensa luta contra os franceses, no Rio de Janeiro, e por conflitos com os jesuítas, que se opunham à escravização dos índios.
b) pela fundação do Colégio de São Paulo de  Piratininga, em 1554.
c) pela criação do primeiro bispado do Brasil, tendo à frente o bispo D. Pero Fernandes Sardinha.
d) pela grande habilidade política do governador, a qual acabou por deixá-lo no poder por quase 15 anos.
e) pelo Armistício de Iperoig e pela vitória contra os franceses, que foram expulsos do Rio de Janeiro em 1567.

27. (FUVEST) O ideário da Revolução Francesa, que entre outras coisas defendia o governo representativo, a liberdade de expressão, a liberdade de produção e de comércio, influenciou no Brasil a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana, porque:
a) cedia às pressões de intelectuais estrangeiros que queriam divulgar suas obras no Brasil.
b) servia aos interesses de comerciantes holandeses aqui estabelecidos que desejavam influir no governo colonial.
c) satisfazia aos brasileiros e aos portugueses, que desta forma conseguiram conciliar suas diferenças econômicas e políticas.
d) apesar de expressar as aspirações de uma minoria da sociedade francesa, aqui foi adaptado pelos positivistas aos objetivos dos militares.
e) foi adotado por proprietários, comerciantes, profissionais liberais, padres, pequenos lavradores, libertos e escravos, como justificativa para sua oposição ao absolutismo e ao sistema colonial.

28- (FUVEST) A sociedade colonial brasileira "herdou concepções clássicas e medievais de organização e hierarquia, mas acrescentou-lhe sistemas de graduação que se originaram da diferenciação das ocupações, raça, cor e condição social. (...) As distinções essenciais entre fidalgos e plebeus tenderam a nivelar-se, pois o mar de indígenas que cercava os colonizadores portugueses tornava todo europeu, de fato, um gentil-homem em potencial. A disponibilidade de índios como escravos ou trabalhadores possibilitava aos imigrantes concretizar seus sonhos de nobreza. (...) Com índios, podia desfrutar de uma vida verdadeiramente nobre. O gentio transformou-se em um substituto do campesinato, um novo estado, que permitiu uma reorganização de categorias tradicionais. Contudo, o fato de serem aborígenes e, mais tarde, os africanos, diferentes étnica, religiosa e fenotipicamente dos europeus, criou oportunidades para novas distinções e hierarquias baseadas na cultura e na cor."
                               (Stuart B. Schwartz, SEGREDOS INTERNOS)

A partir do texto pode-se concluir que:
a) a diferenciação clássica e medieval entre clero, nobreza e campesinato, existente na Europa, foi transferida para o Brasil por intermédio de Portugal e se constituiu no elemento fundamental da sociedade brasileira colonial.
b) a presença de índios e negros na sociedade brasileira levou ao surgimento de instituições como a escravidão, completamente desconhecida da sociedade européia nos séculos XV e XVI.
c) os índios do Brasil, por serem em pequena quantidade e terem sido facilmente dominados, não tiveram nenhum tipo de influência sobre a constituição da sociedade colonial.
d) a diferenciação de raças, culturas e condição social entre brancos e índios, brancos e negros, tendeu a diluir a distinção clássica e medieval entre fidalgos e plebeus europeus na sociedade colonial.
e) a existência de uma realidade diferente no Brasil, como a escravidão em larga escala de negros, não alterou em nenhum aspecto as concepções medievais dos portugueses durante os séculos XVI e XVII.

29- (FUVEST) Foram, respectivamente, fatores importantes na ocupação holandesa no Nordeste do Brasil e na sua posterior expulsão:
a) o envolvimento da Holanda no tráfico de escravos e os desentendimentos entre Maurício de Nassau e a Companhia das Índias Ocidentais.
b) a participação da Holanda na economia do açúcar e o endividamento dos senhores de engenho com a Companhia das Índias Ocidentais.
c) o interesse da Holanda na economia do ouro e a resistência e não aceitação do domínio estrangeiro pela população.
d) a tentativa da Holanda em monopolizar o comércio colonial e o fim da dominação espanhola em Portugal.
e) a exclusão da Holanda da economia açucareira e a mudança de interesses da Companhia das Índias Ocidentais.

30 - (FUVEST) "Na primeira carta disse a V. Rev. a grande perseguição que padecem os índios, pela cobiça dos portugueses em os cativarem. Nada há de dizer de novo, senão que ainda continua a mesma cobiça e perseguição, a qual cresceu ainda mais.
No ano de 1649 partiram os moradores de São Paulo para o sertão, em demanda de uma nação de índios distantes daquela capitania muitas léguas pela terra adentro, com a intenção de os arrancarem de suas terras e os trazerem às de São Paulo, e aí se servirem deles como costumam."
                (Pe. Antônio Vieira, CARTA AO PADRE PROVINCIAL, 1653, Maranhão.)
           
Este documento do Padre Antônio Vieira revela:
a) que tanto o padre Vieira como os demais jesuítas eram contrários à escravidão dos indígenas e dos africanos, posição que provocou conflitos constantes com o governo português.
b) um dos momentos cruciais da crise entre o governo português e a Companhia de Jesus, que culminou com a expulsão dos jesuítas do território brasileiro.
c) que o ponto fundamental dos confrontos entre os padres jesuítas e os colonos referia-se à escravização dos indígenas e, em especial, à forma de atuar dos bandeirantes.
d) um episódio isolado da ação do padre Vieira na luta contra a escravização indígena no Estado do Maranhão, o qual se utilizava da ação dos bandeirantes para caçar os nativos.
e) que os padres jesuítas, em oposição à ação dos colonos paulistas, contavam com o apoio do governo português na luta contra a escravização indígena.

31- (FUVEST) Sobre a presença francesa na baía de Guanabara (1557-1560), podemos dizer que foi:
a) apoiada por armadores franceses católicos que procuravam estabelecer no Brasil a agro-indústria açucareira.
b) um desdobramento da política francesa de luta pela liberdade nos mares e assentou-se numa exploração econômica do tipo da feitoria comercial.
c) um protesto organizado pelos nobres franceses huguenotes, descontentes com a Reforma Católica implementada pelo Concílio de Trento.
d) uma alternativa de colonização muito mais avançada do que a portuguesa, porque os huguenotes que para cá vieram eram burgueses ricos.
e) parte de uma política econômica francesa levada a cabo pelo Estado com intuito de criar companhias de comércio.

32- (FUVEST) Em 1694, uma expedição chefiada pelo bandeirante Domingos Jorge Velho foi encarregada pelo governo metropolitano de destruir o quilombo de Palmares. Isto se deu porque:
a) os paulistas, excluídos do circuito da produção colonial centrada no Nordeste, queriam aí estabelecer pontos de comércio, sendo impedidos pelos quilombos.
b) os paulistas tinham prática na perseguição de índios, os quais aliados aos negros de Palmares ameaçavam o governo com movimentos milenaristas.
c) o quilombo desestabilizava o grande contingente escravo existente no Nordeste, ameaçando a continuidade da produção açucareira e da dominação colonial.
d) os senhores de engenho temiam que os quilombolas, que haviam atraído brancos e mestiços pobres, organizassem um movimento de independência da colônia.
e) os aldeamentos de escravos rebeldes incitavam os colonos à revolta contra a metrópole visando trazer novamente o Nordeste para o domínio holandês.

33- (FUVEST-GV) A escravidão indígena adotada no início da colonização do Brasil foi progressivamente abandonada e substituída pela africana entre outros motivos, devido:
a) ao constante empenho do papado na defesa dos índios contra os colonos.
b) à bem-sucedida campanha dos jesuítas em favor dos índios.
c) à completa incapacidade dos índios para o trabalho.
d) aos grandes lucros proporcionados pelo tráfico negreiro aos capitais particulares e à Coroa.
e) ao desejo manifestado pelos negros de emigrarem para o Brasil em busca de trabalho.

34-(PUC RIO) A aventura da colonização empreendida pela Coroa de Portugal, nas terras da América, entre os séculos XVI e XVIII, expressou-se na constituição de diversas regiões coloniais. Sobre essas regiões coloniais, estão corretas as seguintes afirmativas COM EXCEÇÃO DE:
a) No vale do Rio Amazonas, a partir do século XVII, ordens missionárias exploraram as "drogas do sertão", utilizando o trabalho de indígenas locais.
b) No vale do Rio São Francisco, a partir do final do século XVI, ocorreu a expansão de fazendas de criação de gado, voltadas para o abastecimento dos engenhos de açúcar do litoral.
c) Na Capitania de São Vicente, em especial por iniciativa dos habitantes da vila de São Paulo, organizaram-se expedições bandeirantes que, no decorrer do século XVII, abasteceram propriedades locais com a mão-de-obra escrava dos índios apresados.
d) Nas Minas, durante o século XVIII, a extração do ouro e de diamantes, empreendida por aventureiros e homens livres e pobres, propiciou o surgimento de cidades, onde o enriquecimento fácil estimulava a mobilidade social.
e) No litoral de Pernambuco, durante a segunda metade do século XVI, a lavoura de cana e a produção de açúcar expandiram-se rapidamente, o que foi acompanhado pela gradual substituição do uso da mão-de-obra escrava do nativo americano pelo negro africano.

35- (PUC CAMP) Em razão de as comunidades primitivas indígenas representarem, no Período Colonial, apenas reservas de força de trabalho a ser aproveitada no corte e transporte do pau-brasil, entre 1500 e 1530, no Brasil,
a) o comércio realizava-se através da troca direta ou escambo.
b) a maioria das atividades produtivas concentrava-se na economia informal.
c) o extrativismo mineral acabou desenvolvendo um mercado de consumo interno.
d) a economia baseou-se essencialmente em atividades agrícolas.
e) a expansão da pecuária impulsionou a utilização da mão-de-obra escrava africana.

36- (PUC MG) Leia atentamente a afirmativa abaixo, escrita por Diogo de Campos Moreno, em 1612:

"Os índios da terra, que parecem de maior facilidade, menos custo e maior número, como andam metidos com os religiosos aos quais vivem sujeitos [...] de maravilha fazem serviço, nem dão ajuda aos leigos, que seja de substância [...]."

(Diogo de Campos Moreno. Livro que dá razão do Estado do Brasil (1612) APUD: INÁCIO, Inês da C. e DE LUCA, Tânia R. Documentos do Brasil Colonial. São Paulo: Ática,1993.p.63)

Referente ao período colonial no Brasil, a afirmação revela, EXCETO:
a) a preguiça dos índios aculturados na realização dos trabalhos coloniais.
b) o processo de catequização e a submissão dos índios aos missionários.
c) a utilização da força de trabalho indígena pelo clero e pelos coloniais.
d) a abundância e o menor ônus do uso do trabalho dos índios nas atividades da colônia.



GABARITO:

1- D  2- E  3-D  4-A  5-A  6-C  7-C  8-A  9-B  10-B  11-A  12-E  13-D  14-B  15-B  16-C  17-B  18- E  19- D  20-B  21-E  22-C  23-A  24- E  25- C  26- C  27- E  28- D  29-B  30-C  31- B  32-C 33-D  34- D  35- A 36-A


Nenhum comentário:

Postar um comentário